Tucanuçu (Ramphastos toco)
Ramphastos toco, popularmente conhecido como tucano-toco, tucanuçu, tucanaçu, tucano-grande e tucano-boi, é uma espécie de tucano e o maior representante da família Ramphastidae, um grupo que reúne 34 espécies, as quais estão divididas em seis gêneros.
Tucanos são animais que se destacam por apresentarem um bico grande e colorido.
Também conhecido como tucano-toco, o tucanuçu (Ramphastos toco)
é o maior dos tucanos, vivendo em todo o Brasil central e partes da
Amazônia. No Cerrado e na Mata Atlântica pode-se encontrar a espécie em
maior número, em rápidas visitas a pomares e árvores com frutos.
Os tucanos são, junto com as araras e papagaios, um dos símbolos mais
marcantes das aves do continente sul-americano. Seu colorido, o formato e
tamanho do bico chamam a atenção com facilidade, tornando-os inconfundíveis.
Nome Científico
Seu nome científico significa: ave de bico grande como uma espada (Ramphastos) que faz seu ninho no oco/ toco do pau (toco).
Características
Com a característica marcante de possuir enorme bico alaranjado com uma
mancha negra na ponta. Sua plumagem é negra, destacando-se o papo e o uropígio
brancos, além do crisso manchado de vermelho. Destaca-se também a área
de pele nua de cor laranja ao redor dos olhos e as pálpebras azuis. O
bico amarelo-alaranjado de tecido ósseo esponjoso, que mede cerca de 20
centímetros, é duro e cortante, sendo usado como uma pinça para capturar
alimento. Apesar do tamanho, é muito leve, devido à estrutura interna,
onde existem grandes espaços vazios. O tucano usa-o com grande
habilidade, apanhando desde pequenas presas até separando pedaços de alimentos
maiores. Suas bordas são serrilhadas e a força do tucano corresponde a
seu tamanho. Para ingerir o alimento, lança-o para trás e para cima, em
direção à garganta, enquanto abre o bico para o alto.
Mede 56 centímetros de comprimento e pode pesar 540 gramas.
Vocalização: Emite séries irregulares de grunhidos, desde “grrr” até “gruuuuuuuunkt”. Em seu repértório de sons, também se incluem “greeeeekt-eeeek” e “aaaaaaark-rk”.
Alimentação
Sua dieta consiste basicamente de frutas (bananas, mamões, açaí e pinha) insetos e artrópodes (sendo assim onívoros), em certas ocasiões pode até se alimentar de pequenos macacos, mas também costuma saquear ninhos de outras aves como por exemplo de bem-te-vi, anu-branco e devorar ovos e filhotes. Devido a essa característica, são prontamente perseguidos pelas aves em período reprodutivo.
Reprodução
Faz seu ninho em árvores ocas, buracos em barrancos ou em cupinzeiros onde se encontram seguros. Costuma botar de dois a quatro ovos, que são incubados por período de 16 a 18 dias. O macho costuma alimentar a fêmea na época da reprodução. Seus predadores são: os macacos que saqueiam o ninho e os gaviões. Vivem em casais no período reprodutivo, formando bandos após a saída dos filhotes dos ninhos.
Hábitos
Vivem aos pares ou em bandos
de duas dezenas de aves que voam em fila indiana. Voa com o bico reto,
em linha com o pescoço, alternando curtas batidas com um planar mais
demorado. Ao dormir vira a cabeça e descansa o bico nas costas.
Comunicam-se com chamados graves, parecendo um pouco o mugido do gado (vindo daí o nome goiano de tucano-boi).
Habitam as matas de galeria, cerrado, capões; única espécie da família Ramphastidae
que não vive exclusivamente na floresta, sobrevoa frequentemente os campos abertos e rios largos; gostam de pousar sobre
árvores altaneiras. Menos sociável que os outros tucanos.
Os ocos também são usados para dormir, quando a grande ave dobra-se de
tal forma que diminui o seu tamanho em dois terços. Inicialmente, coloca
o bico sobre as costas e, em seguida, cobre-se com a cauda. Essa
posição de dormida também é usada quando dorme no meio das folhas da
parte superior da copa das árvores. Parece que estão se adaptando a
cidades bem arborizadas; gostam de pousar em torres de telefonia.
Predadores
Podem ser predados por grandes aves de rapina e felinos.
Distribuição Geográfica
De larga distribuição em regiões campestres do interior, da Amazônia (p. ex. Manaus e foz do Amazonas) ao Paraguai, Bolívia e Argentina; não atinge o litoral nordestino.
Quanto à sua criação em cativeiro é importante certificar-se de que sua criação seja legalizada pelo IBAMA.
Caso seja um animal retirado da natureza, isso configura crime ambiental (artigo 29 da Lei 9.605/1998).
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