Sucuri-verde (Eunectes murinus)

 

Fala pessoal!!

Saibam mais neste artigo sobre a magnífica Sucuri-verde, a maior e mais conhecida das espécies existentes de sucuri.

Eunectes murinus é popularmente conhecida como sucuri, sucuriú, sucuriju, sucuruju, sucurijuba, sucurujuba, boiaçu, boiguaçu, boiuçu, boioçu, boiçu, boiuna, boitiapoia, arigboia, anaconda e viborão.

A palavra “sucuri” vem do idioma Tupi, significando “a que morde rápido”.

É encontrada na América do Sul, nas regiões alagadas, onde há presas em abundância, como jacarés e capivaras. No Brasil, podem ser encontradas sucuris em todas regiões, de norte a sul. Os maiores exemplares são encontrados na Amazônia, pois lá encontra-se o habitat perfeito para a sobrevivência desses animais. Pode ultrapassar os cinco metros de comprimento e exceder os noventa quilogramas, porém seu tamanho médio é bem menor.

Os desenhos de seu corpo do pescoço até o rabo lembram a letra O. Sua face possui dois riscos laterais: um deles surge do olho e o outro, da parte de cima da cabeça. 

Apresenta colorido pardo-azeitona com pares de manchas arredondadas (ocelos) na região dorsal ao longo de todo o corpo. O ventre é amarelo vivo com manchas irregulares.

É uma das maiores serpentes do mundo e a mais pesada existente, chegando aos 9 metros de comprimento e a uma massa de 250 kg, embora normalmente e raro que ultrapasse os 6 metros. A maior sucuri-verde já mantida em cativeiro supostamente media 9,88 metros quando morreu em 1960 no Zoológico de Pittsburgh, e pesava mais de 290 kg. Uma sucuri de 4,5 m teria aproximadamente o peso de uma píton-reticulada de 7,4 m. Normalmente possuem uma massa de 30-70 kg, porém não são raros os relatos de sucuris mais pesadas. Acredita-se que uma sucuri de 8 metros pesaria por volta de 200 kg.
 

Quanto ao seu comportamento, geralmente evitam contato com humanos e, quando se sentem ameaçadas, o mínimo que pode acontecer é reagir com uma mordida à pessoa. Extremamente raros são os casos de pessoas serem ingeridas, isso só acontece quando o animal está com muita fome. Vivem a maior parte do tempo submersas, pois na água é onde elas são mais rápidas, ficando mais fácil a captura dos alimentos.

Apesar de existirem muitas lendas sobre as anacondas, elas são animais lentos na terra, por isso elas podem ficar mais agressivas - por não ter muito refúgio, podem usar a agressividade como proteção. As principais defesas incluem dar botes para manter o agressor longe e proteger a própria cabeça enrolando o seu corpo em volta.

As anacondas, principalmente noturnas, tendem a passar a maior parte de suas vidas dentro ou perto da água.
 

Com relação à reprodução, esta espécie é solitária até a época de acasalamento, que ocorre durante a estação chuvosa, e pode durar vários meses, geralmente de abril a maio. Possuem reprodução vivípara. No período de acasalamento é comum vermos vários machos tentando copular com uma única fêmea, se entrelaçando seus corpos. Podem parir mais de 50 filhotes por ninhada. Durante este tempo, os machos devem encontrar as fêmeas. Normalmente, as cobras fêmeas deixam um rastro de feromônio para os machos seguirem, mas como os machos desta espécie rastreiam o cheiro de uma fêmea ainda não está claro. Outra possibilidade é que a fêmea libere um estimulante transportado pelo ar. Esta teoria é apoiada pela observação de fêmeas que permanecem imóveis, enquanto muitos machos se movem em direção a elas de todas as direções. As sucuris machos também frequentemente agitam a língua para detectar substâncias químicas que sinalizam a presença de uma fêmea.

No entanto, quando não há sucuris machos disponíveis para fornecer descendentes, partenogênese facultativa é possível, havendo registros de ninhada homozigótica de fêmeas viáveis.

As sucuris não são cobras peçonhentas, pois elas possuem dentição áglifa e matam suas presas por constrição, para depois engolir a presa por inteiro.

Costumam se alimentar de vários tipos diferentes de presas: peixes, aves, mamíferos variados (incluindo antas, cervos, capivaras e até mesmo suçuaranas) e outros répteis (incluindo jacarés). Às vezes podem inclusive cometer canibalismo.
 
Após a detecção de sua presa, a sucuri verde, submerge e tenta encurtar a distância, o máximo possível. Enquanto se aproxima, tenta enroscar a ponta de sua calda em algum objeto, como por exemplo, rochas ou troncos submersos. Ao chegar a uma distância ideal, emerge rapidamente em um bote, quase sempre, preciso puxando a presa para dentro da água. Enquanto inicia a constrição, a sucuri verde, tenta posicionar e manter a presa alocada de cabeça para baixo dentro da água, levando-a ao inevitável afogamento. Após o óbito, a serpente pode ou não emergir para respirar antes de começar a devorar a presa. A ponta de sua calda permanece presa a algum objeto podendo trocar de objeto rapidamente, caso necessário, enquanto a presa é mantida na mesma posição. Por fim, a sucuri verde, da início a deglutição de sua presa, abocanhando sua cabeça e a engulindo até que seja completamente devorada.
 

Quanto à sua criação em cativeiro é importante certificar-se de que sua criação seja legalizada pelo IBAMA.

Caso seja um animal retirado da natureza, isso configura crime ambiental (artigo 29 da Lei 9.605/1998).






  (Fotos extraídas do Google).



Fontes do texto:
 
 

 

 

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