Sagui-de-tufo-branco (Callithrix jacchus)
O sagui-de-tufo-branco, sagui-do-nordeste, mico-estrela ou sagui-comum, também genericamente designado massau, mico, saguim, sauí, sauim, soim, sonhim, tamari e xauim, é uma espécie de macaco de pequeno porte do Novo Mundo. Originário do Nordeste do Brasil, atualmente é encontrado também em partes das regiões Sudeste e Norte, além de criado em cativeiro em diversos países.
Os saguis que ocorrem na mata atlântica já foram considerados todos como subespécies de sagui-de-tufo-branco. Contudo, atualmente, todas as espécies
derivadas são consideradas como separadas, e o
sagui-de-tufo-branco refere-se apenas às populações que ocorrem no
Nordeste brasileiro e na caatinga.
Seu nome científico é Callithrix jacchus (espécie). Pertence a família Callitrichidae e gênero Callithrix.
Os machos de sagui-de-tufo-branco são ligeiramente mais leves que as
fêmeas, com os primeiros pesando cerca de 318 gramas, e as segundas
entre 322 (natureza) e 360 gramas (cativeiro).
São basicamente insetívoros-gomívoros, e para a gomivoria, os incisivos inferiores são longos e estritos, facilitando o roer dos troncos de árvores gomíferas. Porém, como é necessário esperar a árvore liberar a goma, estes ferimentos são marcados (marcas de cheiro) com urina e secreções (glândula de cheiro), pois existe uma grande competição intraespecífica por goma, que desta forma pode ser amenizada.
Alimentam-se de frutos, flores, insetos, aranhas, lagartos, cobras e exsudados de plantas (goma, seiva), além de filhotes de aves e ovos. Esta espécie, dentre os saguis, é mais gomívora que as demais.
Seu corpo tem coloração cinza claro com reflexos castanhos e pretos. Baixo dorso e cauda com faixas transversais, sendo que a cauda apresenta, alternadamente, anéis escuros e anéis claros. A cauda é maior do que o corpo e tem a função de garantir o equilíbrio do animal. Ápice castanho escuro com pouco branco no focinho. Fronte com uma mancha branca. Tufos de pelos brancos circum-auriculares acima e na frente das orelhas, as escondendo.
A espécie vive em grupos de três a quinze animais, formados por indivíduos reprodutores e não reprodutores, adaptando-se a uma área de coleta pequena, como foi comprovado em populações desses símios estudadas no Rio Grande do Norte: de 0,5 ha. a 35,5 ha. Isso se deve provavelmente ao fato de possuírem uma dieta rica em goma, que permite que os animais explorem outros tipos de alimento, além de frutos, em meses de escassez.
Reprodução:
Fêmeas atingem a maturidade sexual entre 12-15 meses e machos por volta de 12 meses. A gestação dura entre 143-148 dias, nascendo geralmente gêmeos, não sendo raro o nascimento de trigêmeos e até casos de quadrigêmeos, porém chegam a criar apenas dois filhotes por gestação. Os filhotes são aleitados por 70 dias, embora alguns mamem até os 100 dias. Aos 30 dias após o nascimento, os filhotes já são capazes de segurar alimentos com as mãos ou os comem diretamente na boca.
Distribuição geográfica:
Endêmico dos Estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte. A espécie ocorre também nos estados da Bahia, Maranhão, Sergipe e, possivelmente, no nordeste do Tocantins, como residente, mas com origem incerta. Nos estados do Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina como residente e introduzido.
Avaliação de risco de extinção pelo ICMBio: Menos Preocupante (LC).
Curiosidades:
Sistema de acasalamente monogâmico, poliândrico ou poliginiândrico. Grupos variam de 3-15 indivíduos.
Quanto à sua criação em cativeiro é importante certificar-se de que sua criação seja legalizada pelo IBAMA.
Caso seja um animal retirado da natureza, isso configura crime ambiental (artigo 29 da Lei 9.605/1998).
Fontes do texto:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sagui-de-tufo-branco
https://www.biodiversity4all.org/taxa/43373-Callithrix-jacchus
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