Polvo

Fala pessoal!!

Saiba mais neste artigo sobre este incrível animal, o Polvo!!

Acredita-se que os polvos sejam a espécie mais inteligente de todos os animais invertebrados, como explica a Encyclopædia Britannica (plataforma de conhecimento do Reino Unido), a ponto de serem admirados por sua capacidade cognitiva.

Os polvos são moluscos marinhos da classe Cephalopoda, da ordem Octopoda (oito pés), possuindo oito braços fortes e com ventosas dispostos à volta da boca. Como o resto dos cefalópodes, o polvo tem um corpo mole, sem esqueleto interno (ao contrário das lulas) nem externo, como o argonauta. Como meios de defesa, o polvo possui a capacidade de largar tinta, de mudar a sua cor (camuflagem, através dos cromatóforos), e autotomia de seus braços.

Os polvos possuem oito braços, ao contrário das lulas e sépias, que, além dos oito braços, possuem dois tentáculos. O hectocótilo que atua na hora da reprodução é um braço modificado. Dado que os seus membros são usados na locomoção, também se pode referir aos polvos como octópodes.

De acordo com o artigo “Como o polvo consegue controlar de forma tão eficiente seu corpo flexível e cheio de tentáculos?”, publicado no site da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), referência educacional no Brasil, cada tentáculo do polvo possui duas fileiras com várias ventosas carnudas que têm um grande poder de retenção.

A combinação da flexibilidade de seus tentáculos e das ventosas permite aos polvos agarrar e examinar qualquer coisa e é um diferencial entre os animais marinhos.

Assim, o polvo usa os seus tentáculos para diferentes funções, como pegar alimentos e levá-los à boca, abrir conchas, apanhar animais escondidos entre corais ou embaixo de pedras e, ainda, executar variados tipos de movimento.

Os tentáculos também são usados para a locomoção, já que os polvos se movimentam rastejando pelo fundo do mar. No entanto, segundo explica a Encyclopædia Britannica, quando se assustam eles podem se mover rapidamente para trás.

As ventosas dos tentáculos dos polvos também possuem diversos receptores sensoriais – especialmente na ponta, sendo capazes de reconhecer texturas e sabores. É por meio delas que o polvo sente o gosto do ambiente em que está e dos objetos que encontra, segundo explica o artigo da Unesp.

Uma curiosidade sobre esse animal, é que quando os polvos se sentem ameaçados, eles ejetam de seu sifão um líquido escuro – sendo que essa substância quando produzida por algumas espécies do molusco, pode até paralisar os órgãos sensoriais do (possível) agressor.

A ADW (Animal Diversity Web – banco de dados sobre animais da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos) explica que os polvos comuns são encontrados em águas tropicais, subtropicais e temperadas entre a superfície e uma profundidade de 100 a 150 metros. Por conta disso, eles são facilmente vistos nos Oceanos Atlânticos e Pacífico (perto do Japão) e no Mar Mediterrâneo, sendo animais bem populares em várias partes do mundo.

Esses moluscos variam muito, por exemplo, quanto ao tamanho: a menor espécie de polvo (o Octopus arborescens) tem cerca de 5 centímetros de comprimento, enquanto a maior espécie, o polvo gigante rosa-avermelhado do Pacífico (Enteroctopus dofleini), pode chegar a 5,4 metros de comprimento e ter uma envergadura de braço de quase 9 metros, conforme detalha a Encyclopædia Britannica.

Todos os polvos são predadores e alimentam-se de peixes, crustáceos e outros invertebrados, que caçam com os braços e matam com o bico quitinoso. Ao longo do tempo, foram selecionados polvos com visão binocular e olhos com estrutura semelhante à do órgão de visão do ser humano, tendo percepção de cor. Tais características auxiliam esses animais na caça.

Com células cerebrais espalhadas por todo seu corpo, o polvo é uma criatura brincalhona e curiosa cujas habilidades podem ser surpreendentes.

Eles também costumam ser objetos de documentários (como alguns disponíveis no Disney+) e livros sobre como vivem, entre os quais está o best-seller “Other Minds: The Octopus, the Sea, and the Deep Origins of Consciousness” (“Outras Mentes: O Polvo, o Mar e as Origens Profundas da Consciência”, em tradução livre), de 2016, e escrito pelo filósofo e professor australiano Peter Godfrey-Smith.

Em seu audiolivro "Outras mentes: o polvo e a evolução da vida inteligente" (em tradução literal), o filósofo e mergulhador Peter Godfrey-Smith explora a surpreendente jornada evolutiva dos cefalópodes.

Abaixo, conheça algumas das coisas incríveis que aprendemos sobre esses fascinantes invertebrados na obra de Godfrey-Smith.

1. Eles são inteligentes e a maioria de suas células cerebrais está nos tentáculos

2. Polvos podem ser treinados para realizar tarefas de memória

3. Eles são muito travessos

4. Polvos podem reconhecer pessoas

5. Polvos gostam de brincar

6. Polvos se reproduzem encostando tentáculos: Em muitas espécies de polvos, identificam-se machos ou fêmeas por causa de uma reentrância na parte inferior do terceiro tentáculo direito. Essa é a característica única dos machos, que usam este tentáculo para acasalar. Eles o estendem até a fêmea, e se o "convite" for aceito, o espermatozoide é ejaculado pela abertura no tentáculo. Fêmeas geralmente armazenam sêmen por algum tempo antes de fertilizar seus óvulos.

7. A saudação mais comum entre polvos é um "tapinha"

8. Eles têm vários corações: Polvos têm três corações, que bombeiam um sangue azul-esverdeado.

9. Eles podem ser ameaçadores: Polvos podem mudar de cor e forma. Quando um macho agressivo se prepara para atacar, geralmente adota uma cor mais escura, sobe do fundo do mar e estica os tentáculos para aumentar seu tamanho.

10. Não ter esqueleto tem algumas vantagens: Não ter esqueleto ou uma concha ao seu redor é incomum para um animal do tamanho e da complexidade do polvo. Se por um lado, isso os torna mais vulneráveis a predadores, por outro ajuda na hora de se esconder. Polvos são capazes de atravessar buracos do tamanho dos olhos deles e podem dar praticamente qualquer forma aos seus corpos.