Morcego

 

Fala pessoal!!

 

Saiba mais neste artigo sobre este animal muito interessante, o Morcego!!

O morcego é um animal mamífero da ordem Chiroptera, cujos integrantes apresentam uma fina membrana de pele entre os dedos, a qual se estende até as patas e se conecta às laterais do corpo, formando as asas. Distinguem-se das aves, pois estas possuem penas suportadas por ossos. Os morcegos são os únicos mamíferos com voo verdadeiro. No Brasil, o morcego pode ser raramente chamado pelos seus nomes indígenas andirá ou guandira.

O grupo dos morcegos abrange 21 famílias e 237 gêneros. Representam um quinto (aproximadamente 20%) de toda as espécies de mamíferos do mundo. São pelo menos 1.447 espécies em todo o mundo, exceto na Antártica e em algumas ilhas remotas, que possuem uma enorme variedade de formas e tamanhos, podem ter uma envergadura de cinco centímetros a dois metros, uma enorme capacidade de adaptação a quase qualquer ambiente (só não ocorrem nos polos) e uma ampla diversidade de hábitos alimentares.

Tradicionalmente, os quirópteros dividam-se em duas subordem: a Subordem Microchiroptera), que seriam os morcegos capazes de ecolocalizar pela laringe, e a Subordem Megachiroptera, que não apresentava a capacidade de ecolocalizar pela laringe. Entretanto, estudos moleculares indicaram que essa classificação não está de acordo com a filogenia do grupo, portanto, a classificação mais adequada atualmente é a divisão dos quirópteros em Yangochiroptera e Yinpterochiroptera.

Ao longo de seus 50 milhões de anos de evolução, os morcegos desenvolveram soluções engenhosas para os desafios da vida. Entre essas soluções estão um sistema sonar interno para encontrar presas e asas ágeis, através das quais os morcegos mantêm o voo horizontal mais rápido do reino animal. 

Os morcegos são de hábito noturno saindo de seus abrigos ao entardecer ou no início da noite. Comunicam-se e voam orientados por sons de alta frequência que, emitidos pela boca ou narinas, ao encontrar um obstáculo retornam em forma de ecos. Esses ecos são captados pelos seus ouvidos e transformados em estímulos nervosos, possibilitando assim sua orientação. Utilizam também a visão e o olfato.

Apesar do mito popular, os morcegos não são cegos. Mas muitos deles não confiam na visão como seu sentido primário; em vez disso, usam a ecolocalização para se locomover e encontrar alimento na completa escuridão.

A ecolocalização é uma maneira de identificar a posição de corpos e objetos no ambiente emitindo sons de alta frequência e escutando os ecos que produzem. A partir desses ecos, os morcegos conseguem calcular a distância, o tamanho e a forma desses objetos, como de um mosquito apetitoso. Esse sonar natural é tão sofisticado que alguns morcegos podem detectar um objeto com a densidade igual a de um cabelo humano ou reconhecer diferenças em atrasos de menos de um microssegundo nos ecos.

Os morcegos são os únicos mamíferos que usam seus músculos para voar por meio do chamado voo de autopropulsão. Isso torna suas técnicas de voo únicas no reino animal.

As asas do morcego são como mãos humanas modificadas, com “dedos” alongados interligados por uma membrana flexível de pele. As asas flexíveis, repletas de vasos sanguíneos, nervos e tendões, são sustentadas por músculos especiais que tornam os morcegos eficientes e ágeis voadores. Ao contrário das asas de aves ou dos insetos, as asas dos morcegos podem se dobrar de várias maneiras durante o voo, assim como uma mão humana pode se fechar de formas diferentes.

Os morcegos têm a dieta mais variada entre os mamíferos, pois podem comer frutos, sementes, folhas, néctar, pólen, artrópodes, pequenos vertebrados, peixes e sangue. Cerca de 70% dos morcegos são insetívoros, alimentando-se de insetos, sendo praticamente todo o restante frugívoros, ou seja, alimentam-se de frutas. Somente três espécies se alimentam exclusivamente de sangue: são os chamados morcegos hematófagos ou vampiros, encontrados apenas na América Latina. Dessa maneira, morcegos contribuem substancialmente para a estrutura e dinâmica dos ecossistemas, pois atuam como polinizadores, dispersores de sementes, predadores de insetos (incluindo pragas agrícolas), fornecedores de nutrientes em cavernas e vetores de doenças silvestres, dentre outras funções. Possuem ainda o extraordinário sentido da ecolocalização (biossonar ou orientação por ecos), que utilizam para orientação, busca de alimento e comunicação. 

Como todo mamífero, os filhotes dos morcegos são gerados dentro do útero de suas mães. Apresentam uma gestação de 2 a 7 meses, dependendo da espécie, sendo que, geralmente, nasce um filhote por gestação.

Logo após nascer, algumas mães costumam carregar seus filhotes em vôos de atividade noturna. Nos primeiros meses os filhotes são alimentados com leite materno e, gradativamente, começam a ingerir o mesmo alimento dos adultos.

Os morcegos insetívoros habitualmente possuem um pico de reprodução que ocorre no período mais quente do ano (primavera e verão), quando os insetos são mais abundantes. Já no caso dos frugívoros, a reprodução está associada à frutificação das plantas que lhe servem de alimento, ocorrendo principalmente no período seco (outono e inverno)

Os morcegos possuem expectativa de vida alta, variando entre 10 e 30 anos, porém há registros de espécies insetívoras com 40 anos.

 

Os morcegos são mamíferos considerados úteis ao homem e à natureza, devendo ser preservados. Em ecossistemas naturais, os fitófagos (frugívoros e nectarívoros) promovem, em alguns casos, a polinização das flores e a dispersão de sementes de diversas plantas, sendo animais importantes na recuperação de áreas desmatadas.

Os insetívoros são considerados de grande importância ecológica, uma vez que auxiliam no controle das populações de alguns insetos noturnos. Além disso, fazem parte da fauna brasileira e são, portanto, protegidos pela Lei Federal 9.605/98 (Lei do Meio Ambiente).

Portanto, devemos evitar a morte indiscriminada desses animais, conscientizando a população quanto à importância de manter vacinados (anualmente) contra a raiva os animais domésticos (cães e gatos).

Os morcegos não costumam "atacar" mas, independente do seu hábito alimentar, mordem quando perturbados ouindevidamente manipulados. Se estiverem infectados, podem transmitir a raiva que é uma doença sempre fatal na ausência de pronto atendimento. Portanto, deve-se evitar o contato direto com estes animais.

Cabe ressaltar que os morcegos, ao adquirem a raiva, podem apresentar mudanças em seu comportamento, tais como atividade alimentar diurna e caídos no chão.

O acúmulo de fezes de morcegos e aves em locais com condições adequadas, como por exemplo, forro de edificações, pode propiciar o crescimento do fungo Histoplasma capsulatum, causando àqueles que inalarem os esporos uma doença respiratória, a histoplasmose.

Nunca se deve tocar nos morcegos que eventualmente adentrem as edificações ou apareçam caídos no chão. Neste caso, se possível, imobilizar o animal jogando um pano ou caixa de papelão emborcada para baixo, de modo a mantê-lo preso. Em seguida, entrar em contato com  o 156, que enviará equipe para retirar o animal e encaminhá-lo para exame laboratorial de raiva e identificação da espécie. 

A presença de morcegos em edificações, principalmente de insetívoros, pode ocasionar acúmulo de fezes, causando odores desagradáveis e característicos, além de poder causar doenças como a já citada. Deve-se, portanto, vedar juntas de dilatação de prédios, espaços existentes entre telhas e parede, bem como cumeeiras; vedar todos os possíveis acessos para porões; enfim, manter adequadamente esses locais para evitar que sirvam de abrigo para morcegos. Após a vedação, a sujeira existente no local deverá ser umedecida, removida e acondicionada em saco de lixo, Ao realizar este procedimento, a pessoa deve estar protegida com luvas e máscaras ou pano úmido sobre o nariz e boca.

Em residências ou ruas muito arborizadas, é comum encontrarmos morcegos frugívoros à procura de alimento ou utilizando essas árvores para abrigos diurnos, sendo que, muitas vezes, estes animais dão vôos rasantes em busca de frutos. Deve-se, portanto, colher os frutos maduros ou solicitar ao órgão público competente a poda de levantamento ou a substituição da árvore ou, ainda, simplesmente, evitar permanecer na sua rota de vôo, pois após o período de frutificação, estes morcegos irão para outros locais.

Caso ocorra contato entre pessoa e morcego, o mesmo deverá procurar orientação médica imediata nas Unidades que realizam tratamento para a raiva. Em caso de contato com animais domésticos, procurar assistência veterinária ou a Divisão de Vigilância em Zoonoses.

 

 


 


 

 


    (Fotos extraídas do Google).

 

 

Fontes do texto:

 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Morcego

 

https://capital.sp.gov.br/web/saude/w/vigilancia_em_saude/controle_de_zoonoses/animais_sinantropicos/4533

 

https://www.nationalgeographicbrasil.com/animais/2021/11/morcegos-sao-os-verdadeiros-super-herois-do-mundo-animal

 

 

 

 

 

 

 

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