Dragão-barbudo (Pogona)

 

Fala pessoal!!

 

Conheça este lagarto muito interessante e adorado por criadores de répteis, o Dragão-barbudo!!

Seu nome científico é Pogona.

Pogona é um género de lagartos da família Agamidae, muitas vezes conhecidos pelo nome comum de dragões-barbudos. Os membros deste gênero vivem nas regiões áridas, rochosas e semidesérticas e nos bosques secos e abertos da Austrália. Durante a manhã e a tarde, aquecem-se ao sol em cima de rochas pois necessitam de um fonte de calor já que são animais de sangue frio. As espécies deste gênero são encontradas por toda a Austrália. Existem oito espécies de dragões-barbudos, que recebem esse nome devido aos espinhos em seus queixos e pescoços.

O Dragão Barbudo é um réptil muito popular e não apenas pelo seu aspecto fascinante. Também com alguma paciência estes répteis podem ser domesticados e tornarem-se mesmo bastante dóceis. Além disso, mesmo que seja um novato na área dos répteis pode ter um Dragão Barbudo. No entanto, é importante saber quais as espécies que existem e os cuidados a ter com um destes répteis.

Várias espécies deste género, especialmente o Pogona vitticeps, são frequentemente mantidas como animais de estimação ou exibidas em jardins zoológicos.

 

Dieta: Onívora

Expectativa média de vida: Entre 4 e 10 anos, podendo chegar a 15 se bem cuidado em cativeiro.

Tamanho: Entre 45 e 55 centímetros

Peso: Entre 280 e 510 gramas

 

O dragão-barbudo faz jus ao seu nome: como um dragão, possui escamas reptilianas espinhosas, que incluem uma “barba” de espinhos sob o queixo, que incha dependendo do seu humor. Existem oito espécies de dragões-barbudos identificadas até hoje, todos carinhosamente chamados de “barbudos”.

Os dragões-barbudos tendem a ser mansos, curiosos e ativos durante o dia, estando entre os répteis de estimação mais populares. O dragão-barbudo Pogona vitticeps é a espécie mais comum, vista como animal de estimação, um animal de porte médio com cerca de 50 a 60 centímetros.

 

Habitat

Na natureza, a área de distribuição dos dragões-barbudos se estende por grande parte da Austrália. Eles normalmente preferem ficar em áreas quentes e áridas: desertos, florestas subtropicais, savanas e locais com vegetação rasteira. Na década de 1960, a Austrália proibiu a exportação de dragões-barbudos selvagens. No entanto, há anos eles são criados nos Estados Unidos para o comércio de animais de estimação e possuem uma variedade de cores que não são comumente encontradas na natureza.

Um habitat quente é fundamental para os dragões-barbudos. Eles têm sangue frio e dependem de fontes externas de calor para aumentar a temperatura do corpo, que varia de acordo com a temperatura do ambiente. Eles se aquecem ao sol e podem se enterrar sob o solo para evitar calor extremo e predadores.

São semiarborícolas e muitas vezes podem ser encontrados em estacas de cercas e galhos de árvores.

 

Dieta

 

Os dragões-barbudos não são exigentes quanto à alimentação. Com suas mandíbulas fortes, podem capturar e esmagar insetos de casca dura, como besouros. Por serem onívoros, também procuram folhas, flores, frutos e ocasionalmente lagartixas e roedores.

 

Comportamento

 

Conhecidos por serem territoriais, os dragões-barbudos adultos podem ser agressivos para defender seu território de outros machos, brigar por alimento ou competir por uma fêmea. Alguns machos também podem atacar as fêmeas se elas não apresentarem um comportamento submisso.

A barba, presente tanto nos machos quanto nas fêmeas, é um importante meio de comunicação dos lagartos. Quando ameaçado, o dragão-barbudo abre a boca, levanta o queixo e infla a barba para parecer maior. Esta exibição também pode ser acompanhada por um silvo.

Os dragões-barbudos também se comunicam mudando a cor de suas barbas e balançando a cabeça. Um movimento rápido de cabeça pode sinalizar domínio, enquanto um movimento lento e um aceno com a pata são sinais de submissão.

Com a mudança das estações, alguns dragões-barbudos podem passar pela brumação, uma espécie de hibernação, em que param de se alimentar e somente bebem água esporadicamente. Esta fase geralmente ocorre no outono ou inverno, à medida que a iluminação natural muda e as temperaturas caem.

 

Cortejo e reprodução

 

Não é possível distinguir um Dragão-barbudo fêmea de um macho à primeira vista. Assim, para saber qual o sexo tem que observar a parte inferior da cauda, onde se situam os órgãos sexuais. Os machos apresentam duas bolsas nessa zona, as chamadas protuberâncias hemipénias. Por outro lado, as fêmeas apresentam apenas uma bolsa.

Para atrair a atenção da fêmea, o dragão-barbudo macho realiza um ritual chamativo para cortejá-la, batendo os pés no chão, agitando as patas e balançando a cabeça. O macho persegue a fêmea e morde a nuca dela ao acasalar.

Acredita-se que dragões-barbudos fêmeas tenham a incomum capacidade de armazenar esperma, o que permite que algumas coloquem dois grupos separados de 11 a 30 ovos, cada, a partir de um único acasalamento.

O sexo dos embriões de dragão-barbudo pode ser alterado pela temperatura de incubação. Se a temperatura for extremamente alta enquanto os embriões com cromossomos masculinos estiverem se desenvolvendo, eles se desenvolverão como fêmeas. Temperaturas mais amenas durante a incubação também tornam o desenvolvimento de dragões-barbudos mais lento após o nascimento.

 

Características do Dragão-barbudo

 

Se quer um ter um lagarto no seu terrário no qual possa também tocar, então o Dragão Barbudo é uma ótima opção. 

Primeiramente, quanto à sua criação em cativeiro é importante certificar-se de que sua criação seja legalizada pelo IBAMA.

No Brasil, até este momento, só há um criadouro autorizado pelo IBAMA para criação e comercialização desta espécie exótica. É importante adquirir animais de criatórios legalizados, pois certifica-se que o animal não foi vítima de tráfico (crime ambiental), adquire-se um exemplar saudável e ainda pode contar com o suporte da empresa na criação da espécie.

Estes répteis desenvolvem uma relação de confiança com os donos e parecem gostar da companhia. No entanto, contrariamente a outros répteis, os Dragões Barbudos são animais solitários e defendem energeticamente o seu território. Só durante a época do acasalamento é que estes lagartos procuram um companheiro. Quando dois Dragões Barbudos se encontram eles comunicam através da linguagem corporal. Por exemplo, o comportamento dominante expressa-se através de acenos rápidos com a cabeça, com a boca aberta e com movimentos rápidos da cauda. Estes répteis lutam frequentemente pelo controlo do território em estado selvagem.

Os Dragões Barbudos são animais fortes, com pernas musculosas as quais lhes permitem correr com velocidade considerável. Além disso são também caçadores habilidosos e de sucesso. Tal como os outros répteis diurnos, também os Dragões Barbudos têm sangue frio. Assim, como não conseguem reter o calor, precisam de se aquecer ao sol. Com os cuidados adequados o seu Dragão Barbudo pode fazer-lhe companhia durante 10 a 15 anos.

 

A hibernação dos Dragões Barbudos

Em estado selvagem estes répteis hibernam dois a três meses no inverno. Durante este período o seu metabolismo desacelera consideravelmente e o animal permanece quase inativo. É importante criar as condições no terrário para que o seu Dragão Barbudo também possa hibernar, mantendo assim o seu ciclo de vida natural. Para preparar a hibernação tenha em atenção os seguintes fatores:

  • A hibernação dura 2 a 3 meses
  • A hibernação começa em novembro ou dezembro
  • A temperatura do terrário deve baixar para os 18°C durante 3 semanas
  • Reduza o período de iluminação do terrário para 7 a 8 horas por dia, até desligá-la completamente
  • Reduza gradualmente a quantidade de comida até retirar completamente uma semana antes da hibernação
  • Deixe água fresca sempre à disposição do seu Dragão Barbudo
  • Passadas 3 semanas aumente lentamente a temperatura e a iluminação do terrário
  •  

Cuidados a ter com o Dragão-barbudo

Visto que estes répteis são animais solitários, eles devem viver sozinhos no terrário. No entanto, se pretender ter um grupo de Dragões-barbudos só deve ter um macho por grupo. As espécies mais adequadas para viver em grupo são o Pogona vitticeps e o Pogona henrylawsoni.

Os Dragões-barbudos também conseguem conviver com outras espécies de lagartos. No entanto, para tal eles devem ter as mesmas necessidades de temperatura. É também importante que os companheiros dos Dragões-barbudos sejam relativamente grandes para não serem confundidos com comida. Pode por exemplo ter um Lagarto de gola. No entanto, se não tem muita experiência com répteis é aconselhável começar por ter apenas um.

 

Características do terrário

Os Dragões-barbudos andam geralmente no chão e por isso o terrário deve ser bastante largo. Assim, para um casal de Dragões-barbudos o tamanho aconselhado é:

  • 160 cm x 80 cm x 80 cm (Comprimento, Largura, Altura) para os Pogona vetticeps
  • 120 cm x 60 cm x 60 cm (Comprimento, Largura, Altura) para os Pogona henrylawsoni

Os Dragões-barbudos gostam de viver em locais com temperaturas entre os 28 e os 30°C devido ao seu funcionamento metabólico. Assim, é este o intervalo de temperatura aconselhado para o terrário. Além disso, o terrário deve ter zonas com temperaturas diferentes e locais onde o seu Dragão possa apanhar sol.

É igualmente importante manter o terrário com uma humidade baixa, de cerca de 40 por cento. A ventilação e iluminação devem ser apropriadas à espécie. Por exemplo, os Dragões Barbudos precisam de um ciclo de luz de cerca de 12 a 13 horas por dia na primavera. No entanto, a necessidade de luz diminui no outono para cerca de 10 horas.

 

Aspetos técnicos do terrário

Temperatura – Holofotes para criar os locais ensolarados – Tapetes de aquecimento no chão – Zonas com diferentes temperaturas – Termómetros colocados em vários locais do terrário
Ventilação – O terrário deve ter uma boa circulação de ar. Para tal a tampa assim como as paredes laterais do terrário devem ter orifícios.
Iluminação – O terrário deve ter iluminação exterior – A fonte ideal de luz deve ser a luz florescente UV – Zonas obscuras – Temporizador para controlar o tempo de iluminação 

 

Cuidados a ter com o terrário

Os Dragões-barbudos precisam de uma superfície lisa, livre e grande. No entanto, eles também são grandes trepadores e por isso é aconselhável ter elementos para escalar. O chão do terrário deve ser coberto com um substrato robusto. Além disso, as paredes traseiras podem ser cobertas por uma tela que dá privacidade e também a possibilidade de escalar. Por fim, as plantas não têm qualquer influência na vida dos Dragões-barbudos. Assim, se tiver plantas o seu efeito é meramente decorativo. Pode por exemplo ter plantas suculentas, como Agave.

É importante limpar o terrário diariamente de fezes e urina. Além disso, é aconselhável trocar completamente o substrato pelo menos duas vezes por ano, ou sempre que este estiver muito sujo.

Os Dragões-barbudos também gostam muito de tomar banho. Assim, é a sua higiene é muito simples. Para o banho deve ter um pequeno recipiente de plástico e a água deve estar a cerca de 30°C. Tenha atenção ao nível da água porque o seu Dragão Barbudo deve ter sempre a possibilidade de ficar de pé dentro de água.

 

A alimentação do Dragão Barbudo

Estes répteis comem alimento vivo. Assim, pode dar-lhe pequenos insetos como grilos, gafanhotos ou baratas. Também deve dar plantas ou vegetais como complemento. Por exemplo, pode dar dentes de leão, trevos ou margaridas no verão e alface ou cenoura no inverno. Para evitar deficiências de vitaminas ou minerais pode dar-lhe suplementos. E por fim, ao ter sempre uma taça com água fresca no terrário tem a certeza de que o seu lagarto não fica desidratado.

 

Resumo

  • Origem das espécies: Austrália
  • Habitat: regiões semidesérticas, florestas secas
  • Peso: Entre 35 e 400 gramas, de acordo com a espécie
  • Esperança de vida: 10 anos ou mais
  • Tamanho do terrário: 160 cm x 80 cm x 80 cm (Comprimento, Largura, Altura) para um casal de Pogona vetticeps. 120 cm x 60 cm x 60 cm (Comprimento, Largura, Altura) para um casal de Pogona henrylawsoni
  • Companhia: Sozinho, em casal ou harém
  • Temperatura do terrário: 28 – 33 °C
  • Humidade do terrário: 40 % durante o dia
  • Substrato para cobrir o chão: cascalho fino ou areia vermelha argilosa
  • Elementos adicionais: pedras lisas, raízes, ramos e plantas suculentas
  • Alimentação: animais e plantas
  • Características particulares: ativo durante o dia, hiberna no inverno
  • Comportamento social: animal solitário
  • Problemas de comportamento: agressivo contra outros machos
  • Convivência com outros lagartos: Por exemplo, lagartos de gola 

 

Devemos ter muito cuidado e responsabilidade ao cuidar de um animal, afinal estamos lidando com vidas. Devemos sempre buscar oferecer o melhor para o animal, até porque eles dependem de seu tutor para ter a melhor qualidade de vida possível em cativeiro. Vamos pensar nisso antes de adotar ou adquirir um animal!!
 

 


 


 


   (Fotos extraídas do Google).

 

 


 

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