Cuidados com o cão como animal de estimação

 

Este post é sobre o amado e inseparável cão! Confira abaixo cuidados especiais para criá-lo como pet!

 

O termo “cão doméstico” refere-se a qualquer uma das centenas de raças de cães existentes no mundo atualmente. Embora esses animais variem drasticamente em aparência, todos os cães — do chihuahua ao dogue-alemão — são membros da mesma espécie, a Canis familiaris. A espécie separa cães domésticos dos canídeos selvagens, como coiotes, raposas e lobos.

 

Cães domésticos normalmente são criados como animais de estimação, embora muitas raças sejam capazes de sobreviver por conta própria, seja na natureza ou nas ruas da cidade. De acordo com um estudo sobre consumidores, os cães estão presentes em um terço de todos os lares do mundo. Esse número torna o cão doméstico o animal de estimação mais popular do planeta.

 

Todos os cães descendem de uma espécie de lobo, mas não do lobo-cinzento (Canis lupus), como muitas pessoas supõem. Na realidade, evidências de DNA sugerem que o lobo ancestral dos cães modernos, atualmente extinto, era eurasiano. No entanto cientistas ainda trabalham para compreender exatamente qual espécie deu origem aos cães.   

 

Outra questão que permanece um mistério é o momento em que os cães se separaram de seus ancestrais selvagens, mas estudos genéticos sugerem que tenha ocorrido entre 15 mil e 30 mil anos atrás.

Embora seja impossível determinar exatamente como uma espécie de lobo selvagem se tornou um cão domesticado, a maioria dos cientistas acredita que o processo aconteceu gradualmente à medida que os lobos se tornaram mais à vontade com a presença dos humanos. Talvez os lobos tenham iniciado esse contato simplesmente comendo restos deixados por humanos. Muitas gerações depois, humanos podem ter incentivado uma aproximação dos lobos, alimentando-os ativamente. Posteriormente, esses lobos podem ter sido acolhidos entre as pessoas e acabaram sendo criados para incitar determinadas características. Acredita-se que todo esse processo tenha ocorrido ao longo de milhares de anos.

Hoje em dia, muitos dos cães que conhecemos e amamos são provenientes da reprodução seletiva entre indivíduos com características desejáveis, sejam físicas ou comportamentais. Por exemplo, cerca de 9,5 mil anos atrás, os povos antigos começaram a criar cães que eram mais capazes de sobreviver e trabalhar no frio. Esses cães se tornariam a família de cães de trenó — incluindo raças como huskies e malamutes — que permanece relativamente inalterada nos dias de hoje.

 

Da mesma forma, os humanos criaram pastores-alemães por sua capacidade de pastorear gado, labradores para ajudar a recolher patos e outros animais de caça abatidos por caçadores e dachshunds, também conhecidos como salsichas pelo formato de seus corpos, por sua capacidade de correr dentro de uma toca atrás de um texugo. Diversas outras raças foram criadas para atender a diferentes necessidades humanas, como proteção doméstica e controle de pragas.  

Determinadas raças também foram criadas para tornar os cães mais atraentes como companheiros. A raça labradoodle,  por exemplo, que combina as características de um labrador e um poodle, foi desenvolvida como uma tentativa de criar um cão-guia hipoalergênico.

Como o olfato do cão doméstico é de 10 mil a 100 mil vezes melhor do que o nosso, os cachorros atualmente auxiliam em ações policiais farejando drogas, explosivos e até mesmo eletrônicos. Também podem auxiliar conservacionistas a encontrar e proteger espécies ameaçadas de extinção farejando com seus focinhos superpoderosos.

 

Os cães auxiliam equipes de busca e resgate após desastres naturais ou em casos de pessoas perdidas em ambientes externos. Treinados para alertar sobre explosivos escondidos e inimigos, atuam como aliados em operações militares. Outros cães ajudam a polícia a procurar fugitivos da prisão ou os corpos de vítimas de assassinato. Alguns trabalham em parceria com funcionários de alfândegas em busca de contrabando, desde drogas a marfim de elefante. Outros ainda lideram o caminho rastreando caçadores ilegais, patrulhando navios de carga em busca de ratos que possam escapar em portos distantes ou descobrindo pragas de insetos florestais em carregamentos de madeira provenientes do exterior.

 

Os cães também podem farejar os primeiros sinais da doença de Parkinson, diabetes, diversos tipos de câncer, ataques epiléticos iminentes e bactérias resistentes a antibióticos. Guiam deficientes visuais e auditivos, além de ajudar pessoas com autismo e transtorno de estresse pós-traumático a lidar com a ansiedade.

 

A maioria dos cães surgiu de uma mistura de raças — em 2015 um estudo estimou que apenas 5% dos cães em abrigos são de raça pura. Cães diferem em termos de tamanhos, formas, cores e também de temperamentos. Um buldogue pode parecer feroz mas ser dócil como um gatinho, em contrapartida um cocker-spaniel fofo pode abocanhar seu dedo sem pensar duas vezes.

 

Claro que quando os cães são cuidados adequadamente e tratados com respeito, podem ser companheiros incrivelmente amorosos, brincalhões e inteligentes. Além disso, ao entender a origem dos cães, seus tutores podem aprender a admirar ainda mais seus companheiros caninos.

Afinal, os latidos e o abanar de rabo de um cão quando seu tutor pega um saco de petiscos são comportamentos remanescentes de quando os ancestrais do animal precisavam se comunicar com os outros membros da matilha. Ir buscar gravetos e bolas arremessados pode estar relacionado à perseguição de presas, enquanto cavar no tapete ou na cama remete a como um canídeo selvagem prepararia seu local de dormir. E cada vez que um cão interrompe a caminhada para cheirar algo, está analisando os feromônios deixados pela urina de outro cachorro.

Consideramos esses comportamentos normais porque os cães se tornaram “o melhor amigo do homem”. Mas no íntimo de cada pit-bull e lulu-da-pomerânia há indícios do passado.

A expectativa de vida dos cães gira em torno de 13 anos. Entretanto, há diversas dicas de saúde simples para dia a dia que podem ajudá-lo a viver mais e com ótima qualidade de vida.

 

A seguir confira alguns cuidados essenciais que devemos ter com o cão:

 

-        Organize uma rotina com brincadeiras e passeios: passeios diários são essenciais para a saúde física e mental: Eles são uma ótima forma de distrair os cães e oferecer uma vida mais agradável e sociável. O contato com ambientes externos contribui para o aprendizado dos animais. Afinal, são nesses momentos em que ele pode usar habilidades inatas e explorar os sentidos, sentindo cheiros diferentes, ouvindo sons à distância e tendo contato com grama e terra, por exemplo;

-        Não passeie sem coleira: Ao passearmos em parques, é comum encontrarmos diversos cães brincando sem coleira, mas essa é uma prática perigosa e que não deve ser seguida. Ao andar solto, o cachorro fica exposto a brigas com outros animais, fugas e riscos de desaparecimento ou acidentes, principalmente se ele estiver perto de ruas movimentadas e com muitos carros);

-        Mantenha a casa limpa (A limpeza diária da casa previne a ingestão de toxinas e substâncias nocivas, que podem provocar alergias e doenças graves, como intoxicação. Também é importante limpar os dejetos rapidamente, para evitar a proliferação de moscas e bactérias no local;

- Evite fumar perto do cachorro: Mesmo que inalando de forma indireta, os animais de estimação não conseguem eliminar as toxinas que chegam aos seus pulmões por meio da fumaça dos cigarros. Além de afetar o sistema respiratório, o cigarro ainda pode causar infecções graves na pele e alergia, que costuma provocar queda excessiva de pelo, coceira e feridas pelo corpo.

Se parar de fumar não for uma opção, o ideal é evitar o cigarro em áreas que o pet tenha acesso, mesmo que seja ao ar livre;

- Invista em uma alimentação balanceada e saudável: A alimentação saudável para cães é essencial para manter o funcionamento do organismo e a saúde dos ossos, pelos e pele. Para isso, é recomendado estabelecer uma rotina definida de refeições. Dessa forma, você garante que seu pet esteja sempre alimentado e sem exageros. A alimentação do pet é um cuidado que deve começar quando ele ainda é um filhote. Entre 6 e 8 semanas de vida o processo de desmame deve ser iniciado e a ração sólida introduzida gradativamente na alimentação do animal. Ofereça apenas ração de filhote para cães até 1 ano de idade. Durante esse período, também é importante fracionar e oferecer refeições entre 4 e 5 vezes ao dia. Isso é importante porque você ajuda o animalzinho a manter o nível de glicose no sangue, evitando crises de hipoglicemia.

Cães adultos e idosos devem ser alimentados com as rações específicas para sua faixa etária e porte. Além disso, existem os alimentos sólidos e úmidos medicamentosos, desenvolvidos especialmente para auxiliar na saúde do animalzinho. Para uma alimentação mais completa, prefira a ração Super Premium. Mais rica em proteína de origem animal, é formulada com ingredientes selecionados e funcionais. O potinho de água do seu cachorro está cheio? É muito importante manter o bebedouro do pet sempre abastecido com água fresca.

Também é aconselhado realizar a limpeza do pote de água do cachorro diariamente para remover impurezas que podem fazer mal para seu pet.

O excesso de comida pode levar à obesidade. Além de reduzir a expectativa de vida, ela pode provocar diversas doenças e dificultar a locomoção. Para evitar os riscos de sobrepeso, escolha o alimento indicado para a idade, porte e condição física do seu cão. Em caso de dúvidas, consulte um especialista.

Além disso, lembre-se de oferecer uma comida de qualidade e completa, com todos os nutrientes, vitaminas e minerais necessários para uma vida repleta de energia e disposição;

-        Cuide da saúde bucal: Uma boa limpeza bucal previne diversos problemas de saúde, como placas bacterianas, tártaro e gengivite. Apesar de parecerem comuns, esses contratempos podem evoluir para casos mais graves, como a doença periodontal, infecção bacteriana que pode afetar os órgãos, caso a bactéria entre na corrente sanguínea. Ao notar que seu pet está com bafo recorrente, dentes amarelados ou qualquer anomalia na região da boca, consulte um veterinário de confiança.;

- Visite o veterinário regularmente: As idas ao hospital veterinário também são essenciais para garantir que seu pet viva por mais tempo. Realizando visitas regulares, você aumenta as chances de detectar complicações na fase inicial e, consequentemente, tratá-las o mais rápido possível. Além disso, as consultas são ótimas oportunidades para esclarecer dúvidas do cotidiano.

Para filhotes e cachorros idosos, é recomendado fazer entre duas e quatro visitas ao ano, já que nessas fases o cachorro precisa de cuidados especiais. Para cachorros adultos, uma ou duas visitas ao ano é o suficiente. Em todo caso, ao notar qualquer comportamento atípico ou sintomas das principais doenças de cães, consulte um veterinário de confiança assim que possível.

- Opte pela castração do cachorro: Apesar de muitas pessoas considerarem um tabu, a castração do cachorro traz diversos benefícios para a saúde animal e garante ainda mais qualidade de vida. Além de evitar reproduções indesejadas, a operação previne doenças graves, como o câncer de
próstata e o de mama.

A castração do macho é feita com a retirada dos testículos e reduz a produção de testosterona, resultando na diminuição de comportamentos agressivos, marcação de território e fugas para a rua.

Já a castração da fêmea consiste na remoção dos ovários e do útero, reduzindo a produção dos hormônios sexuais estrógeno e progesterona. Nesse caso a cirurgia também evita a gravidez psicológica, que é extremamente prejudicial para a saúde mental das cadelas.

A maioria das castrações ocorrem enquanto os cães ainda são filhotes, por volta dos seis meses. Entretanto, o animal pode ser operado em qualquer fase da vida. Para saber mais, visite um hospital veterinário e realize os exames necessários para se certificar que o pet está apto para passar pela cirurgia.

-          Mantenha as vacinas, vermífugos e antipulgas em dia: A vacinação é um cuidado com a saúde essencial para prevenir doenças que podem afetar tanto os animais quanto os seres humanos. A vacina polivalente e a antirrábica são obrigatórias no Brasil e devem ser aplicadas anualmente. Para prevenir outras doenças, também é recomendada as imunizações opcionais, como as que protegem contra gripe canina e giárdia.

Filhotes exigem cuidados especiais dos seus tutores. Entre os mais importantes está o protocolo de vacinação que é diferenciado dos adultos.

A vacina V10 ou V8, que protege o cachorro contra cinomose, parvovirose, leptospirose e outras doenças, deve ser aplicada em 3 doses. A primeira por volta dos 60 dias de vida, a segunda entre 81 e 90 dias e a última entre 111 e 120 dias de vida. Além disso, todo filhote deve ser imunizado com uma dose única de Antirrábica. Filhotes podem passear na rua ou ter contato com outros cães apenas após 10 dias da última dose das vacinas, quando estarão completamente protegidos.

Após completar 1 ano de idade as vacinas V10/V8 e Antirrábica devem ser repetidas anualmente.

 

Também é importante proteger o cachorro contra vermes, pulgas e carrapatos, que oferecem diversos riscos para o animal e podem ser facilmente contraídos em parques. Antes de tomar qualquer decisão, converse com um veterinário de confiança para entender quais remédios para cães são mais indicados para a idade e porte do seu pet.

Estresse

O bem-estar físico e mental compõem os cuidados com cachorros que todo tutor deve ter. Com a rotina corrida dos tutores, muitos pets desenvolvem estresse e comportamentos indesejados, como roer, latir incessantemente e fazer xixi fora do lugar.

Para cuidar da saúde mental do pet, é importante entender o comportamento do animal e organizar a rotina para que ele se sinta bem e tenha suas necessidades atendidas. Por exemplo, animais agitados precisam de exercício e atenção. Isso pode ser compreendido com passeios longos, dias em creches ou escolinhas, momentos de brincadeira antes do período sozinho e brinquedos interativos.

Os brinquedos interativos têm o intuito de entreter o pet enquanto o tutor não está em casa ou não pode brincar. Além de distrair, eles colaboram para a prática de atividade física do seu pet.

 

Cuidados com o pelo

Os cuidados com cachorros também passam pela atenção à pelagem do animal. Escove seu bichinho pelo menos uma vez por semana para manter os pelos hidratados e ainda evitar a queda excessiva. Cães de pelos longos exigem maior frequência na escovação. Utilize escovas e rasqueadeiras para pet.

Além da escovação, outro cuidado é muito importante para o pelo e a pele do seu animal. O banho do cachorro deve acontecer apenas com produtos específicos para pets, como shampoos, condicionadores e colônias. Nunca utilize produtos de uso humano, pois podem intoxicar e dar alergias no seu cachorro.

Após o banho com produtos da linha pet, seque completamente o pelo do seu cachorro com toalha e secador de cabelo. Aproveite o banho para cuidar dos ouvidos, olhos e da higiene bucal do pet. Mais uma vez, use apenas produtos veterinários, como: escova de dentes, creme dental pet e produtos para a limpeza dos olhos e ouvidos.

 

Prepare a casa para o pet

Evitar acidentes também um dos cuidados com cachorros necessários para manter a saúde e o bem-estar. Prepare sua casa ou apartamento antes de receber o animalzinho. Telas podem ser instaladas em janelas e varandas para evitar quedas. Elas também podem ser usadas em portões que dão diretamente para a rua para evitar fugas.

Portões para cachorro e cercados são ótimos para limitar o acesso do animal em alguns cômodos, como cozinha ou garagem. Aposte em tapetes para evitar escorregões e lesões em casas com pisos muito lisos. Retire medicamentos e plantas do alcance do animal, eles podem intoxicar o bichinho e levar à óbito.

 

 

 





 

(Fotos extraídas do Google).

 

Fontes: https://worldpopulationreview.com/country-rankings/most-popular-pets-by-country

 

https://www.lonetreevet.com/blog/most-popular-pets/

 

https://www.nationalgeographicbrasil.com/animais/cao-domestico

 

https://optimumpet.com.br/dicas-e-conselhos/cuidados-com-caes-10-dicas-de-saude-para-seu-cachorro-viver-mais/

 

https://blog.cobasi.com.br/cuidados-com-cachorros-10-dicas-de-saude/

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