Caborja (Hoplosternum Littorale)

 

Olá pessoal! Saiba mais sobre este peixe de água doce muito interessante, mais conhecido como Caborja ou Tamoatá, além de outros nomes. É um peixe de aparência primitiva e bastante resistente, podendo inclusive sobreviver em águas com baixo nível de oxigênio. Saiba mais logo abaixo.

 

Ficha Técnica

Ordem: Siluriformes — Família: Callichthyidae (Calictídeos)

Nomes Comuns: Caborja, Tamoatá — Inglês: Atipa, Hoplo Catfish.

Distribuição: Ocorre em praticamente toda América do Sul

Tamanho Adulto: 26 cm

Expectativa de Vida: desconhecido

Comportamento: pacífico

pH: 6.0 a 7.6 — Dureza: desconhecido

Temperatura: 18°C a 28°C

 

Distribuído em quase toda a América do Sul a leste dos Andes e norte de Buenos Aires, incluindo o rio Orinoco, Trinidad, rios Costeiros das Guianas, bacia Amazônica, rio Paraguai, baixo Paraná e sistemas costeiros do Sul do Brasil (Reis, 1997); alto rio Paraná (Agostinho; Júlio Júnior; Gomes; Bini; Agostinho, 1997).

Ocorre em ambientes extremos, desde condições anóxicas (com pouco oxigênio) a zonas de águas limitadas por vegetação densa. Relatado sua ocorrência em água ligeiramente salobra.

Conhecido no Brasil por inúmeros nomes como Caborja, Camboatá, Curite, Tamboatá, Tamoatá e Tamuatá.

Apresenta corpo fusiforme e coloração pardacenta. Seu corpo é coberto por placas ósseas, semelhante a uma armadura. Cabeça deprimida, sendo o focinho arredondado em vista dorsal. A boca é levemente inferior. O barbilhão superior alcança a base da nadadeira peitoral, o inferior alcança a base da ventral. O opérculo é parcialmente exposto, sendo o interopérculo coberto por pele. Os ossos coracóides são expostos ventralmente. A série súpero-lateral contém 25 a 27 placas e a ínfero-lateral possui 22 a 24.

O tamoatá é uma espécie de grande importância comercial na Venezuela e nas Guianas, e é utilizada como alimento por uma grande parte das populações ribeirinhas do norte do Brasil.

Também chamado popularmente de viramorro no Vale do Paraíba – SP, este peixe de aspecto pré-histórico pode se locomover fora da água por distâncias não muito longas, utilizando-se de movimentos arqueados e da textura “de armadura medieval” de suas escamas; daí o nome viramorro.

Esta espécie apresenta respiração aérea facultativa, sendo parte do intestino médio o órgão acessório para a respiração aérea. A região do intestino onde ocorre a respiração acessória caracteriza-se por estar sempre cheia de ar, ser transparente e possuir a parede muito fina e ricamente vascularizada.

 

Criação em Aquário 

 

Aquário com dimensões mínimas de 100 cm de comprimento e 40 cm de largura desejável.

O substrato deverá ser preferencialmente arenoso e macio para evitar lesões nos barbilhões do peixe, assim como a presença de refúgios para se abrigar, uma vez que possui hábito noturno.

 

Comportamento

É um peixe pacífico que pode ser mantido em aquário comunitário com peixes igualmente pacíficos.

 

Reprodução

Ovíparo. O período reprodutivo estende-se de novembro a abril, a desova é parcelada, sazonal prolongada para a cheia. A fecundação é externa, não realizam migrações e cuidam da prole. Atingem maturidade com cerca de um ano.

Os machos constroem ninhos flutuantes na vegetação perto da costa que consistem em bolhas cobertas com material vegetal. Os ovos são liberados pela fêmea abaixo do ninho. O macho fertiliza-os e depois os leva para dentro da boca e os sopra para o ninho flutuante. Os ovos eclodem em cerca de quatro dias.

O macho protege os ovos durante a incubação e se torna muito agressivo.

 

Dimorfismo Sexual

Os machos reprodutores desenvolvem espinhas peitorais vermelhas aumentadas com ganchos nas pontas que são usadas para defender territórios contra outros machos.

 

Alimentação

Onívoro. Durante a estação chuvosa, os adultos consomem uma grande quantidade de chironomideos (mosquitos) associados com detritos. Durante a estação seca, eles se alimentam principalmente de insetos terrestres, micro-crustáceos, Dipteros aquático e detritos. Absorve uma grande quantidade de bactérias anaeróbias do substrato. É um peixe que auxilia no controle da amônia no aquário.

Em cativeiro aceitará prontamente alimentos vivos e secos.

Etimologia: Hoplosternum; hoplon (grego) = arma + sternon (grego) = peito

Littorale; do latim littoralis = pertencente a praia

 

 


(Fotos extraídas do Google).

 

Fontes do texto: http://www.aquarismopaulista.com/hoplosternum-littorale/

http://maniadeaquario.blogspot.com/2012/02/caborja-tamboata.html

https://criarpeixes.com/caborja/

https://www.youtube.com/watch?v=mPF7Kg4vGcg (Aquá Jumbo)

https://www.youtube.com/watch?v=yx2UMOysbKk (Mundo Azul Fish)

https://www.youtube.com/watch?v=DOGRlvNOuXY (Canal "Seu Aquario")

 

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Rã-de-unhas-africana (Xenopus Laevis)

Como cuidar de sapos

Mussum (Synbranchus Marmoratus)