Cobra do Milho - Corn Snake

Olá pessoal!

 

Vamos falar neste post sobre este belíssimo animal.


Nome comum: Cobra do milho

Nome em Inglês: Corn Snake

Nome cientifico: Pantherophis guttatus

Cites: Não aplicável

Veneno: Não


A cobra do milho é predominantemente encontrada no sudeste dos Estado Unidos, também abrange partes do México. No entanto, as Corn Snakes conseguem tolerar bem nosso clima tropical também.

Geralmente, são encontradas em áreas com vegetação densa, zonas florestais e encostas rochosas. Também podem ser encontradas em celeiros e edifícios abandonados ou raramente usados.

A Corn Snake não é o mais puro creme do milho, mas sim o nome que os colonos europeus resolveram dar para as cobras que encontravam nas plantações deste grão na América do Norte. Eles achavam que elas comiam os seus milhos e mal sabiam que, na verdade, elas ajudavam na manutenção do plantio ao se alimentarem dos ratos, os verdadeiros “predadores” dos grãos.

São serpentes delgadas e compridas, com cabeça oval. Na cobra do milho as pupilas são redondas.

Em estado selvagem, a sua coloração é predominantemente alaranjada, com amarelos/castanhos/pretos e grandes manchas avermelhadas, mas também é variável consoante a localidade. Em cativeiro são reproduzidas inúmeras mutações. São quase 20 classificações de cor, sendo que a maioria é encontrada na forma clássica, apresentando uma coloração alaranjada com manchas vermelhas contornadas de preto.

Em adulto podem medir entre 0.90cm e 150cm, geralmente as fêmeas são maiores que os machos.

 

Esperança média de vida

Entre 15 e 25 anos. Existem casos em que as cobras do milho alcançaram os 30 anos.

 

Comportamento

Como a maior parte das espécies de serpentes, esta também tem hábitos crepusculares, tendo a sua maior atividade ao pôr do sol/noite. 
Principalmente, de hábitos terrestres, também gostam de subir a árvores, tanto para se aquecerem como para caçar.

 

Temperamento

Com um dos menores índices de agressividade, bastante resistente, o que torna a cobra do milho uma das melhores espécies para primeira serpente.

No entanto, existem sempre exceções à regra, e existem exemplares agressivos. Mesmo um animal calmo, poderá morder quando se sente ameaçado, mas normalmente a dentada desta serpente não é grave. Como não é uma serpente venenosa, raramente necessitamos de cuidados médicos.

 

Terrário e Aquecimento

Antes de mais, um terrário à prova de fugas é essencial, são serpentes muito fortes e facilmente levantam tampas e abrem portas mal fechadas.

Apesar de serem serpentes de hábitos majoritariamente terrestres, também gostam de desfrutar de longas horas em troncos e outros pontos elevados.

É indispensável um recipiente com água onde o animal consiga colocar-se no interior.

Uma fonte de aquecimento ligada a um termostato é indispensável, a fonte de aquecimento deve estar totalmente protegida para que o nosso animal não se queime.

Esconderijos, um, no lado quente e outro no lado frio, estes são indispensáveis. A falta destes poderá causar stress ao animal, e este parar de se alimentar, inclusive poderá causar doenças associadas ao stress.

A limpeza do terrário deverá ser feita com um produto inofensivo para os répteis, para evitar mortes causadas por produtos tóxicos.

 

Dimensões do terrário:


As medidas dos terrários devem ser sempre conforme o tamanho do animal. Ao colocarmos uma serpente bebê num terrário para um animal adulto, provavelmente irá sofrer de stress e parar de se alimentar.

Tamanho mínimo: 60comprimento x 40profundidade x 40altura
Tamanho recomendado: 80comprimento x 50 profundidade x 50 altura

Relembramos, que o terrário deverá ser sempre o maior possível, como o máximo de enriquecimento ambiental para o bem-estar animal.

 

Temperatura

O ciclo de temperatura diurna-noturna, é muito importante para as serpentes.
Dia: Entre os 29°C e os 31°C no lado quente.
Noite: Entre os 21°C e os 25°C no lado quente.

 

Umidade

Ideal por volta dos 60%, durante a muda de pele é importante uma ligeira
subida, por volta dos 70/80%, conseguindo-se facilmente ao borrifar o
terrário uma ou duas vezes por dia.

 

Iluminação

Não necessita de nenhum tipo de iluminação, num entanto necessita do ciclo dia-noite, 12 h de luz e 12 h escuro.

Existe quem defenda que não necessitam de UVB e quem defenda a sua utilização, apresentando dados em que as mesmas se expõem durante o dia para captar raios UVA/UVB.

Não é obrigatório, mas se elas apreciam, porque não utilizar? Caso opte por usar recomendamos UVB 2.0.

 

Substrato

Utilize sempre um substrato que não seja tóxico ou perigoso para o seu animal.

Com a nossa experiência em diversos substratos, recomendamos papel ou chips de coco (Reptiblock), por ser um substrato fácil de controlar a umidade, seguro no caso de ingestão acidental, baixo em pó, controla os odores e tem elevada resistência a fungos.

 

Alimentação

Carnívora, alimenta-se principalmente de roedores, aves e anfíbios.
Nós recomendamos a variedade, sempre que possível alternar entre ratos, ratazanas, pintos e pernas de rã.

A Corn Snake deve ser mantida em temperatura ideal para sua digestão. Quando filhote, até 20 semanas de idade, alimentar a cada cinco ou sete dias. Se ela estiver saudável, deve digerir e defecar após três dias da ingestão da presa. Corn adultas devem ser alimentadas a cada 15 dias e o tutor deve sempre fornecer alimentos de acordo com o diâmetro da cobra.

O tamanho do alimento é sempre uma grande dúvida, para nós a melhor e mais fácil regra a seguir é a que o peso do alimento seja de 10 a 15% do peso da nossa serpente.

Exemplo: a nossa serpente pesa 100g, então o peso do alimento será entre 10g e 15g.

Utilize sempre pinça para alimentar, caso falhe um ataque poderá atingir a nossa mão.

Cuidado ao oferecer alimentos vivos, pois um rato vivo por exemplo pode se tornar muito violento e ferir a serpente inclusive. Pode ser fornecido alimento congelado, contanto que ele esteja na temperatura adequada para a Corn – ou seja, não dar gelado e nem quente demais. Se for alimentá-la com presa viva, fique atento para que a presa não machuque a cobra. Geralmente, Corn Snakes comem roedores, como os camundongos. Lembrando que os camundongos devem sempre ser adquiridos de criadouro confiável para, assim, não contaminar sua Corn com possíveis parasitas.

Não manusear a serpente depois de comer. É recomendado deixar descansar entre 2 e 3 dias depois da refeição, para que a digestão siga o seu processo. Ao manusear-lhes, corremos o risco que regurgitem o alimento, é muito desagradável e poderá trazer sérios problemas à sua cobra do milho.

Caso tenha mais animais em casa, recomendamos fazer quarentena.

 

Anormalidades e legislação

Assim como acontece os outros bichinhos, se você notar que algo não vai bem com sua Corn Snake, procure um especialista. “Qualquer anormalidade, como dificuldade na troca da pele, frequência da defecação ou alteração de apetite, leve o animal a um veterinário especializado em animais exóticos.

E sempre fiquem atentos à legislação do nosso país no que se refere ao mundo animal. “Corn snakes são considerados animais exóticos (animais que não são da nossa fauna nativa, ou seja, do Brasil), não sendo permitida a venda e criação em nosso território nacional, conforme ARTIGO 31 da Portaria do IBAMA N° 93/1998, de 07 de julho de 1998

Algumas espécies de animais exóticos não possuem venda e criação em território brasileiro autorizadas pelo IBAMA. A corn snake é um exemplo de espécie não autorizada por aqui, pois se trata de uma espécie com origem americana e, portanto, sua comercialização ou posse não é permitida em alguns lugares.

Veja a seguir como proceder caso queira obter uma cobra similar a corn snake e que seja autorizada no Brasil.

 

Verificando com as autoridades competentes.

Ao enviar uma corta-consulta informando que tem interesse em criar uma corn snake no Brasil, você receberá resposta de que não será possível a criação da espécie. O órgão competente irá verificar e informar quais animais estão autorizados a serem criados, logo após fará uma vistoria no local de criação e quais os motivos pelos quais deseja criar a cobra.

 

Espécie legalizada similar à corn snake

Apesar da corn snake não ser legalizada no Brasil, existem algumas espécies que podem ser criadas normalmente. Por exemplo, a cobra Real californiana que costuma ser ainda mais doce do que a cobra-do-milho, fazendo dela uma espécie bastante procurada para ser um pet de estimação. É possível encontrar muitas outras espécies dóceis com autorização no Brasil.

 

Compre apenas de criadores legalizados

Embora haja relatos de criação e comercialização da espécie em território brasileiro, principalmente na internet, não é recomendada a compra do animal em criadores ilegais. Além de ser um crime, com pena de 6 meses a 1 ano de detenção e multas que podem chegar até R$ 10.000,00, pode trazer prejuízos relevantes ao bioma do qual a cobra está sendo retirada ilegalmente.

Além do mais, cobras retiradas de seu habitat natural bruscamente ou criadas em criadores sem supervisão de órgãos competentes podem adoecer facilmente e consequentemente viver menos, portanto, procure sempre espécies vendidas com autorização.

Agora que você já sabe que não é possível criar uma corn snake no Brasil por se tratar de uma espécie de origem exclusivamente americana, certamente você vai querer ter uma semelhante que possua autorização para ser criada e comercializada em território brasileiro.

Observe que, embora seja uma cobra muito popular, sendo uma das mais procuradas entre os criadores de animais exóticos, a espécie não pode ser incluída na fauna brasileira, podendo acarretar em multa e prisão para aqueles que descumprirem a lei.

 

 
 



 

 

Fontes do texto: https://www.reptimundo.com/cobra-do-milho/

http://portalmelhoresamigos.com.br/conheca-a-corn-snake-e-aprenda-a-cuidar-desta-linda-serpente/

https://guiaanimal.net/articles/335

https://www.aen.pr.gov.br/Noticia/IAT-recebe-cobra-exotica-e-orienta-que-especies-nao-originarias-do-Brasil-devem-ser

https://rciararaquara.com.br/destaques/policia-ambiental-multa-moradores-por-criar-cobra-do-milho-e-manter-passaro-papa-capim-em-cativeiro/


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