Chinchila

Olá pessoal!

Falaremos neste post sobre este dócil e simpático animal que pode ser criado como pet com os cuidados que serão abordados aqui.

Se decidiu adotar uma chinchila como animal de estimação, será fundamental que se informe adequadamente sobre todas as suas necessidades para poder desfrutar dela muito tempo.

Bons cuidados podem repercutir diretamente no seu estado de saúde e uma chinchila feliz irá recompensá-lo com muito carinho e amor.

Uma das maiores dúvidas na hora de adotar um pet é referente ao espaço necessário a ele, aos gastos e de quantos cuidados ele precisa. Normalmente se o tutor é muito ocupado, vive em um lugar pequeno e quer um bichinho dócil e tranquilo, os roedores são boas opções, como o hamster ou a chinchila. Esta última, em específico, não dá muito trabalho e os custos para mantê-la feliz e saudável são relativamente baixos.

Esse pet pertence ao gênero Chinchillidae e é nativa dos Andes, na América do Sul. Pode ser da raça Brevicauda ou Lanígera. A primeira é aquela que só vive em estado selvagem e a segunda é essa de cativeiro, comum em muitos lares.

A chinchila, para quem conhece pouco sobre ela, é um animal roedor, de tamanho pequeno, que chega até no máximo 30 cm. Pesa em média entre 450g e 900g na fase adulta; as fêmeas costumam ser maiores do que machos.

Sua aparência é uma mistura do coelho e do hamster, a cor considerada padrão é o cinza, mas hoje em dia há mutações que levam do branco ao cinza, com alguns reflexos de lilás. Um dos problemas de serem animais parecidos é que muitas pessoas mal intencionadas vendem o hamster como chinchila, sendo que ela é bem maior.

Ela vive em média 9 anos, mas há alguns casos de animais que duram entre 14 e 20 anos. Tudo depende da qualidade de vida do pet.

Os dentes dela crescem, curiosamente, 5 centímetros ao ano e por isso precisam de maneiras para desgastá-lo e de cuidados especiais.

A pelagem da chinchila é tão fofa e macia quanto sua personalidade. É conhecido por ser um pet dócil, calmo e tranquilo, mas não gosta de estar o tempo todo no colo, prefere explorar o local e subir no dono. É perfeito para quem tem crianças em casa e pouco espaço para abrigar o animal, sem tempo para levá-lo para passear.

A escolha da chinchila

Uma chinchila pode ser adotada ou comprada, mas é preciso ter certeza de que sua saúde está em dia. A pelagem deve estar completa, sem falhas, bonita, brilhante e sedosa. Os ouvidos devem estar limpos, os olhos brilhantes e normais - se estiverem esbugalhados podem representar alguma doença - e ânus seco também não é recomendável.

Para examinar, pegue o bichinho na mão, se ele te morder ou arranhar escolha outro.

Também é importante avaliar o tamanho do animal, que varia de acordo com sua raça (que no caso deste são duas).

A gaiola da chinchila

Antes de adotar uma chinchila é essencial preparar a gaiola onde vai viver. Deve saber que estes animais precisam de espaço, por esse motivo recomendamos que procure uma gaiola suficientemente alta e grande (100 x 70 x 100 cm, por exemplo).

Na gaiola nunca pode faltar:

lugares para se esconder
cordas ou ramos para trepar
roda grande
substrato de papel
comedouro inoxidável
caixa de areia para o banheiro
bebedouro do tipo biberão

Coloque a gaiola em um lugar fresco de casa sem correntes de ar, longe de pontos de calor visto que a chinchila tolera bem o frio mas não o calor.

Ela gosta de sair da gaiola e andar pela casa. Inclusive é saudável soltá-la durante algum tempo todos os dias. É curiosa e adora mastigar tudo que vê pela frente; tenha certeza de que o espaço é seguro para ela e não tem nada com que possa se machucar.

É importante ter sempre água e comida fresca e ter seu espaço respeitado, em especial quando grávida, para evitar estresse, a maior causa de mortes desse animal.

A chegada da chinchila a casa

Nos primeiros dias o animal vai se sentir assustado e inclusive estressado. Por esse motivo, é fundamental evitar tocar nela e inclusive deixá-la repousar em um lugar sombrio para relaxar e pouco a pouco se adaptar à nova casa. Se tiver outros pets em casa evite que se aproximem da chinchila nos primeiros dias, pois podem causar-lhe medo e uma situação angustiosa.

Os seus hábitos são noturnos e essa é a razão pela qual, devemos nos relacionarmos com ele de preferência ao entardecer, pela noite ou ao amanhecer. Nesse momento estará mais ativa e receptiva a brincar e a comunicar.

Depois de dois ou três dias da chegada da chinchila a casa, já podemos começar a dar-lhe alguma guloseima ou fruta do seu agrado para começar a conhecer-nos e a ganhar a nossa confiança.

Banhos de areia da chinchila

Esse animal já é naturalmente limpo e assim como seu corpo, as fezes não têm odores. Pulgas e outros parasitas não sobrevivem em sua pelagem, por ser muito densa. Por isso, só precisa manter sua pelagem sedosa e sem sujeiras. Jamais deve tomar banho com água.

O pelo da chinchila é realmente peculiar, ao contrário de outros roedores, a chinchila tem milhões de pelos em cada folículo. Isso permite-lhe, no caso de ser caçada, fazer com que o seu predador fique com a boca cheia de pelos e ela possa fugir.

As chinchilas precisam de cuidar do seu pelo para este se manter brilhante e bem cuidado, para isso costumam-se dar banhos de areia.

O carbonato de cálcio é uma substância parecida com a areia e deve estar no fundo da gaiola, nele a chinchila irá rolar e em questão de minutos estará totalmente desengordurado e ainda é uma chance de se refrescar.

Deverá colocar na gaiola da sua chinchila uma caixa de areia com um substrato muito fino específico para chinchilas e logo verá como o seu pet começa a desfrutar da areia.

Quando terminar o banho deverá se certificar que não ficam restou de areia nos seus olhos.

Exercício

As chinchilas são muito ativas, gostam de saltar, trepar e correr. Tratam-se de animais muito nervosos e por esse motivo será fundamental ajudá-los a queimar essa energia que têm.

Para que a sua chinchila se exercite devemos adicionar à sua gaiola (ou fora dela) uma roda grande, idêntica aos que os hamsters usam. Além disso, deve evitar utilizar as de barras para não ficar presa por uma pata. Também pode incorporar à gaiola cordas e prateleiras para trepar e saltar quando precisar.

A chinchila adora brincar e precisa disso para estar saudável. É imprescindível ter vários brinquedos mastigáveis, para desgastar os dentes, que crescem de forma contínua.

Por último, aconselhamos que crie uma zona exterior vedada para a sua segurança, um lugar de recreio no qual a chinchila possa se mexer livremente e explorar sítios novos.

Alimentação da chinchila

Na sua essência, historicamente, esse bichinho era herbívoro e sempre se alimentou de frutos, folhas, cactos e pequenos arbustos, assim como de insetos, na ausência de outras comidas.

A alimentação da chinchila baseia-se na comida já preparada específica para as chinchilas, uma vez que se trata do alimento mais completo que lhe pode oferecer. Procure sempre as marcas de melhor qualidade.

Também pode incluir na sua dieta e em pequenas quantidades os seguintes alimentos:

feno
cenoura
pimento verde
couve
brócolis
aveia natural em grão
dente de leão
pequenos insetos
espinafres
tomates
maçã
pera
banana
melancia

E de forma muito ocasional (2 vezes por semana) pode dar-lhe guloseimas como:

sementes de girassol
uvas passas
avelãs
amêndoas
nozes

Tem um sistema digestivo sensível e não deve ser sobrealimentada, para evitar a obesidade e problemas intestinais.

Saúde da chinchila

Apesar da chinchila ser um animal relativamente saudável, deve conhecer quais são as principais doenças que o podem afetar:

Golpe de calor: Evite-o colocando a sua gaiola em um lugar fresco mas sem correntes de ar.
Areia nos olhos: Revise a sua chinchila depois de cada banho para o evitar.
Parasitas: Geralmente é consequência de uma falta de higiene.
Problemas estomacais: Aparecerão se lhe der fruta em excesso que contenha muita água ou uma dieta inadequada.

Perante qualquer problema de saúde grave relacionado com a sua chinchila não hesite em ir ao veterinário com ele. A internet está repleta de conselhos e informação sobre doenças, mas a verdade é que apenas o veterinário pode fazer um diagnóstico apropriado e indicar o tratamento adequado.