É uma espécie de caranguejo de água doce.
Conhecido como Caranguejo de água doce e Caranguejo vermelho. Nome Científico: Dilocarcinus Pagei.
Possui ampla distribuição na
região central da América do Sul. Ocorre desde a planície da bacia do Rio Orinoco até
a do Paraguai/Baixo Paraná, sendo encontrado no Brasil, Colômbia, Peru,
Bolívia, Paraguai e Argentina. No Brasil, ocorre nos estados do Amapá,
Amazonas, Pará, Mato Grosso, Rondônia, Acre e Mato Grosso do Sul. Sua
ocorrência no bacia do Alto Paraná (estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais)
é mais provavelmente como espécie invasora. É utilizado como isca para pesca em algumas regiões do Brasil.
Vivem em variados corpos d´água, riachos,
lagos e represas, e também em terrenos que sofrem inundação periódica. Hábitos
semi-aquáticos, adultos constroem tocas emersas junto às margens, contribuindo
de forma significativa na erosão do solo destas regiões. Animais menores são
coletados frequentemente junto às raízes de plantas flutuantes.
Quanto à aparência, possui cefalotórax
de altura média, arredondado e convexo. Olhos pequenos, antenas curtas, margem
frontal lisa e bilobada. Grandes quelípodos, assimétricos nos machos, pernas
dispostas lateralmente. Possuem uma bela coloração avermelhada.
Existem duas
famílias de caranguejos de água doce no Brasil: Trichodactylidae e Pseudothelphusidae.
Os primeiros podem identificados por dois detalhes:
dáctilos com pêlos (ao invés de espinhos, daí seu nome), e segundo maxilópode.
Dentro da família, os Dilocarcinus podem ser
identificados baseados na forma do abdômen (fusão parcial dos somitos, III-VI),
e a presença de numerosos dentes agudos na margem da carapaça (geralmente seis).
O D. pagei pode ser diferenciado do D. septemdentatus pela presença de uma carena
transversal elevada na borda anterior do terceiro segmento abdominal, em ambos
sexos.
Em relação às duas espécies de Dilocarcinus, há também uma diferença na coloração. Geralmente o D. pagei tem uma cor avermelhada intensa, enquanto o D. septemdentatus tem cor mais variável, amarelada, parda ou até cinza-azulada. Podem ser avermelhados também.
Vivem em temperaturas de 20 a 28° C. Ph indiferente. Dureza da água: indiferente.
Quanto ao dimorfismo sexual, como todo caranguejo, pode ser feita facilmente através da
análise do abdômen, o macho possui abdômen estreito, e a fêmea, abdômen largo,
onde fixa seus ovos. Os machos também têm maiores dimensões, garras mais
desenvolvidas e assimétricas.
Vivem em águas continentais, todo seu
ciclo de vida se dá em água doce. Reprodução sazonal, pico reprodutivo nos
meses mais quentes e chuvosos, geralmente de novembro a março.
Embora sejam animais aquáticos, tem
hábitos anfíbios, suportando algum tempo fora d´água, principalmente se houver
umidade. Fugas são bastante frequentes, o aquário deverá ser sempre mantido bem
tampado. Passam mais tempo fora d´água do que outros caranguejos dulcícolas, em
especial no período reprodutivo, se beneficiando de um aquaterrário.
São mais agressivos do que outras
espécies, não sendo recomendada a sua manutenção com outros animais. Mesmo
entre indivíduos da mesma espécie, pode haver predação de animais menores.
Plantas tenras costumam ser devoradas também.
Adultos são escavadores, não são
indicados para tanques com substrato fértil, ou com layout ornamental. Adultos
têm hábitos noturnos, e costumam ficar entocados até anoitecer, jovens
são mais ativos durante o dia.
Como os demais crustáceos, tornam-se vulneráveis após a ecdise, e podem ser predados por outros
animais. Por este motivo, nesta época permanecem entocados, até a solidificação
completa da carapaça.
Longevidade de
até 4,4 anos, mas na natureza a taxa de sobrevivência das fêmeas é baixa, com
alta mortalidade após se reproduzirem, pelos motivos já expostos.
Observação: Algumas informações do texto acima são de minha
autoria, pelos estudos que realizei e pela experiência própria que tive
criando a espécie. Outras foram coletadas das fontes logo abaixo:
Fontes do texto: https://www.aquaonline.com.br/invertebrados/doce/caranguejos/2373-dilocarcinus-pagei
http://www.planetainvertebrados.com.br/index.asp?pagina=especies_ver&id_categoria=25&id_subcategoria=24&com=1&id=125&local=2
https://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/3032
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