Peixe Traíra - Hoplias Malabaricus
Para quem gosta de peixes predadores é um animal muito interessante para se criar em cativeiro.
Nome Popular: Traíra, Taraíra — Inglês: Trahira, Tiger characin
Etimologia: Hoplias: Grego, hoplon = arma
Tamanho Adulto: 55 cm (comum: 40 cm)
Expectativa de Vida: 10 anos +
Temperamento: Pacífico, predador
Aquário Mínimo: 100 cm X 40 cm X 50 cm (200 litros)
Temperatura: 22°C a 28°C
pH: 5.0 a 8.o – Dureza: indiferente
É um peixe de água doce.
Distribuição da América Central até América do Sul. Costa Rica até Argentina na maioria das bacias hidrográficas. No Brasil é encontrado em quase todas bacias, incluindo Bacia Amazônica, Araguaia-tocantins, São Francisco, Prata, Paraná e Atlântico Sul.
Encontrado desde águas bem movimentadas como de rios até águas paradas e turvas.
Possui poderosos e afiados dentes e corpo coberto com grossas escamas cicloides e abundante camada de muco que protege contra parasitas externos como sanguessugas; cabeça grande e bem ossificada; sua musculatura é adaptada a natação curta e veloz, composta por poderosas fibras brancas que não acumulam gordura. Sua aparência e fisiologia estão adaptadas para caça em água pouco oxigenada.
Sua coloração pode variar de acordo com ambiente e estado emocional do peixe.
Possui aparelho digestivo adaptado a dieta piscívora, independente de seu estágio ontogenético. Predador solitário e voraz, comumente encontrado entre raízes e plantas aquáticas, onde fica a espreita de suas presas, sendo mais ativo durante período noturno.
Seu nome popular (Traíra) é utilizado como gíria no Brasil, para identificar um indivíduo traidor, que age nas sombras, sorrateiramente delatando ou prejudicando seus colegas, em alusão características carnívoras e à sua predileção pelas sombras e escuridão deste peixe.
Nos meses frios se enterram no fundo para suportarem a baixa temperatura da água. Pode ser confundido com o Trairão (Hoplias lacerdae), este último pode chegar a um comprimento de 100 cm, enquanto a Traíra comum raramente passa dos 50 cm. Apesar do excessivo número de espinhos, em algumas regiões é bastante apreciado como alimento.
Quando criado em cativeiro, o aquário deverá possuir fundo preferencialmente macio de substrato
arenoso com bastante vegetação aquática para servir de refúgio. Embora
esta espécie atinja um bom tamanho, possui hábitos sedentários não
exigindo grande espaço. Costuma ficar mais no fundo do aquário, subindo mais para se alimentar.
Seu comportamento é pacífico, mas são conhecidos por ser intolerantes com membros da própria espécie ou estritamente relacionado (vide outras espécies de traíras), podendo ocasionar na morte dos peixes agredidos. Apesar de sua aparência assustadora e respeitável predador, pode ser mantido com peixes de maior porte desde que igualmente pacífico. Peixes menores serão comidos.
Assim como as demais Traíras, é representante de um antigo grupo de
peixes, que possui vesícula natatória altamente vascularizada, que atua
como órgão acessório de respiração, permitindo que sobreviva em águas
estagnadas e com baixo nível de oxigênio dissolvido. Possui o hábito de
migrar curtas distâncias por terra para novos habitats, quando as águas
sazonais começam a secar.
Ovíparo. Estabelece ovos em buracos no substrato.
Onívoro (essencialmente piscívoro), em seu ambiente natural alimenta-se de peixes, insetos, frutos, sementes, detritos, camarões e outros pequenos invertebrados. Em cativeiro poderá não aceitar alimentos secos, sendo necessário o fornecimento de carnes e alimentos vivos, preferencialmente durante período noturno.
Observação: Algumas informações do texto acima são de minha
autoria, pelos estudos que realizei e pela experiência própria que tive
criando a espécie. Outras foram coletadas das fontes logo abaixo:
Fontes do texto: http://www.aquarismopaulista.com/traira-hoplias-malabaricus/
http://www.aquarismopaulista.com/traira-hoplias-intermedius/
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